segunda-feira, 3 de maio de 2010

Madrugada insone n°01

É noite... meia-noite...

A névoa, sempre doce e gentil,
protege o vale dos sonhos desaforados.
Nos cafés, conversas sobre velhos tempos
encobrem as notas de um saxofone oxidado

Retalhos de paixões ginasiais
costuram-se em um manto de lembranças mistas
Alegrias e tristezas embebidas em rum
Semelhantes a uma roleta-russa totalmente carregada.

São versos curtos, a hora é tarde.
A inspiração é entorpecida pela sobriedade
Paradoxal e ao mesmo tempo elucidativo
Como faca cega de dois gumes.

Chega.

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