quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Meu caro amigo, me perdoe por favor...

Meu caro amigo:

Envelhecemos. É fato.
Lá se foi o tempo dos Hollywood Light's e as Malzbier's na pracinha da prefeitura.
D2 e Charlie Brown como estranhos no ninho.

Tempos em que até o Valderrama fazia gol de bicicleta...

Tempos em que você quebrava baquetas tocando Legião (que façanha),
Tempo em que se escutava até Belchior na vitrola durante partidas de buraco.

É, irmão... envelhecemos.
Fica guardada aquela longa caminhada escocesa
no "sertão" do Jequitinhonha,
Assim como o luau no kombão a caminho de lá...

Hoje as farras, as alegrias e as bizonhices já não mais são compartilhadas
Mas saiba, caro amigo, que a irmandade não se perde, não se vende, não dilui.

Ainda vamos tomar mais uma dose.

Aurora em Belo horizonte

Chego de madrugada em Belo Horizonte.
No alto da passarela vejo algumas luzes nos apês
Vidas insones como a minha, em mundos paralelos do mesmo gráfico
Talvez alguém escrevendo (ou digitando) versos perdidos como estes,
talvez alguém amando, bebendo, fumando, lendo, enfim: apenas vivendo...

Mas nesta aurora de hoje, a garoa me impede de ficar.